A lista de políticos aposentados pela Câmara e pelo Senado Federal revela que o Brasil paga R$ 2 bilhões para 250 deputados e senadores que conseguiram a aposentadoria a partir de oito anos de contribuição. A despesa é paga pelo contribuinte. Enquanto isso, qualquer cidadão precisa trabalhar 30 ou 35 anos para se aposentar. “Os políticos brasileiros, porém, não são cidadãos comuns e asseguram pensão especial com muito menos tempo. Para eles, não há nem fator previdenciário”, diz o texto da matéria de Lúcio Vaz, para o Congresso em Foco.
Ao pesquisa a lista, o 180graus encontrou 12 nomes de parlamentares piauienses que recebem ao todo R$ 116,9 mil por mês, um total de R$ 1,4 milhão (sem contar 13º, 14º etc).
Chama a atenção o fato de muitos nomes que estão aposentados, continuarem em plena atividade política, como é o caso do atual presidente nacional da Codevasf, Felipe Mendes, do ex-governador Freitas Neto, do atual deputado federal Heráclito Fortes e outros.
Os dados são da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas do extinto Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), ainda pagos pela Câmara. No Senado, os valores estão registrados no Portal de Transparência, mas os pagamentos precisam ser acessados um a um. Extinto em 1999, o IPC continua a sangrar os cofres públicos. Tinha enorme rombo quando foi liquidado. Como é costume no Brasil, a conta foi apresentada à “viúva”, à União. Como um zumbi, o instituto já consumiu R$ 2 bilhões – em valores atualizados – nos últimos 16 anos.
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